Irmãos,
há muitas pessoas sofrendo neste momento. Em alguns casos, dinheiro nenhum no
mundo poderia aliviar suas dores, mas em outros, pouca coisa seria suficiente
para aliviar seu sofrimento. Não seja, portanto, o nosso dinheiro aquele que
falta na casa do nosso irmão.
Frequentamos
a academia, vamos ao dermatologista, nutricionista, dentista, esteticista,
médico e mais mil coisas para cuidar bem de nós mesmos. Trezentos reais no
salão, 150 na academia, 700 no dentista e lá se vai todo o nosso dinheiro. Na hora
do banho achamos ruim se a temperatura da água não está bem do nosso agrado e
na hora das refeições reclamamos por pouca coisa. Irmãos, façamos um exame de
consciência e lembremos dos que sofrem. Poderá ser eu ou você amanhã. E, se um
dia não tivermos o que comer, lembraremos do tempo da fartura em que por pouca
coisa reclamávamos e gastávamos tanto para cuidar de nós mesmos. Pouco precisamos
para viver: comida, alguma roupa para vestir, uma casa para morar. O banho
diário nem faz parte desta lista, sendo menos importante. Lembremos dos que
passam fome, dos que tiveram suas casas e cidades destruídas por fenômenos
naturais ou por guerras. Pouco nos é necessário, mas muito fazemos por nós
mesmos, cuidando do nosso corpo e buscando a perfeição e o prazer.
Irmãos,
sejamos austeros e desapegados. Queiramos cada vez menos para nós mesmos e mais
para os outros. Se o dinheiro está sobrando, doa! Alguém está precisando dele. Se
o dinheiro que podias doar para aliviar o sofrimento de alguém estiver sendo gasto
em milhares de coisas supérfluas, meu irmão, pagarás esta conta no dia do teu juízo.
Teu irmão se levantará contra ti para denunciar tuas extravagâncias e lamentar
suas dores. Sejamos desapegados! Se, com facilidade, 0gastas 10 mil em um
procedimento estético, numa festa de aniversário ou numa viagem, sejas também
generoso quando teu irmão precisar de ti.
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