Diversas
religiões, seitas, livros, filosofias, práticas e métodos são por nós
procurados com a finalidade de encontrarmos certo conforto, felicidade,
realização ou bem-estar. Eles nos prometem que seremos pessoas melhores e mais
alegres, teremos mais sucesso, dinheiro, saúde e prosperidade.
Mas
ser de Cristo é bem diferente! Quando fazemos esta escolha, decidimos
livremente por nos tornar escravos. E o que faz um escravo? Trabalha! Escolhemos,
portanto, servir a Deus e não sermos servidos por Ele com saúde, dinheiro,
sucesso e felicidade. O cristianismo não se trata de um método para nos deixar
alegres ou barganhar benefícios e não deve ser buscado como uma autoajuda. A
diferença principal consiste em que, na autoajuda, você pensa em si mesmo,
enquanto que no cristianismo você busca se aniquilar. Trata-se de aceitar nossa
condição miserável de pecadores, incapazes de fazer qualquer bem e implorar Sua
misericórdia através da doação da nossa própria vida, servindo nossos irmãos,
como o Senhor ordenou.
Somos
como que empregados de um bom patrão e devemos nos esforçar por sermos bons
empregados. E o que faz um bom empregado? Trabalha bastante, deixa a preguiça
de lado e faz aquilo que seu patrão ordenou. Assume com humildade a condição de
empregado e entende que está ali não para sentar-se no sofá e tomar um
cafezinho com seu patrão. Não está ali para aproveitar das comodidades da casa de
seu patrão, curtir a piscina e os banquetes, mas para limpar a casa e servir a
comida. Este empregado também não foi contratado para preparar as comidas de
que se agrada ou decorar a casa como lhe convém, mas precisa ouvir com atenção
as ordens de seu patrão, tomando cuidado para preparar as refeições de acordo o
gosto dele e arrumar a casa como seu patrão lhe pediu. Devemos nos lembrar
todos os dias que estamos neste mundo para servir os irmãos e não para aproveitar
a vida. Se não nos lembramos disto diariamente, logo esquecemos por que estamos
neste mundo e passamos a nos queixar das dificuldades da vida e dos problemas,
passando a procurar desesperadamente o prazer e o conforto.
Sendo,
pois, um bom empregado, podemos, com humildade, pedir socorro a este patrão em
caso de necessidade. Reconhecendo sua abastada condição financeira, podemos,
por exemplo, pedir sua ajuda quando um filho estiver doente e, certamente,
sendo ele um bom patrão, fará tudo o que estiver ao seu alcance em atenção ao
bom e fiel empregado, que já não é mais um empregado, mas um amigo da família.
Assim também é o nosso Deus Todo-Poderoso: atende nossas necessidades, ouve com
atenção nossas súplicas e não é indiferente à nossa dor. Sabemos que sempre
podemos contar com a Sua Misericórdia quando não temos mais com quem contar
neste mundo. Mas nunca devemos tratar nosso Deus como um servo nosso. Nós somos
Seus servos! Não estamos neste mundo para nos aproveitar de Deus, mas para
trabalhar para Ele. “Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo,
TOME SUA CRUZ e siga-me” (Mt 16, 24). Ele não nos convida para uma festa
nem nos promete sucesso, saúde ou dinheiro, mas nos convida a carregar a nossa
cruz, a renunciar as nossas vontades e desejos para obedecer à Sua Lei.
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