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PERSEVERAI NO MEU AMOR (Jo 15,9)




“Já não são dois, mas uma só carne. Portanto, não separe o homem o que Deus uniu.” (Mt 19, 6)

               Quando damos nosso sim à pessoa amada, diante do altar, decidimos amar na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza. Nosso sim é, antes de tudo, à Cristo, que nos amou até o fim.
               O Senhor não nos deu Leis para nos oprimir, mas para nos libertar. Se Ele pede que as esposas sejam submissas aos maridos e que os maridos amem suas esposas, não quis Ele colocar-nos um fardo pesado, mas nos preservar do sofrimento proveniente de uma separação. Ele sabia que o casamento seria difícil, que os esposos enfrentariam problemas, mas sabia também que é melhor que eles permaneçam juntos. E foi para isto que nos instruiu a respeito do matrimônio: para que dê certo! Se os esposos não se entregam inteiramente a este projeto, colocando sempre o bem da família antes de seus próprios interesses, o casal não vai até o fim. As diferenças e as decepções os fariam desistir deste sonho de Deus. Os problemas e as brigas os fariam pensar que seria melhor que se separassem, sem imaginar o que estaria por vir depois da separação: o sofrimento dos filhos, filhos sem pais, irmãos de pais diferentes, desgosto e tristeza para os pais do casal, ciúme, inveja, conflitos judiciais...
               Foi por amor e por nos conhecer melhor do que a nós mesmos que o Senhor nos deu Seus mandamentos. E por amor, devemos dar o nosso sim a Deus: “Sim, Senhor, eu irei até o fim!” “Eu amarei meu esposo até o fim dos meus dias e a ele serei submissa, independente do que ele venha a fazer, por amor a minha família e a Deus.” “Eu amarei somente a minha esposa, a respeitarei e por ela trabalharei e viverei até o fim dos meus dias, independente do que ela venha a fazer, por amor a minha família e a Deus.”
               Deus Pai não esperou um tempo favorável para enviar seu Filho ao mundo. Ele não esperou que fôssemos pessoas melhores, Ele não pôs condições ao seu amor, mas simplesmente nos amou, do jeito que éramos. Cristo foi rejeitado e entregue à morte e não desistiu, mas continuou nos amando até Seu último suspiro na cruz. O próprio Deus, Todo-Poderoso, se submeteu às nossas Leis e ao nosso julgamento, aceitando a condenação injusta. Ele não subiu o Calvário sorrindo, acenando e mandando beijinhos, entregando flores brancas e dizendo que amava a todos. Ele chorou, suou sangue, caiu por não aguentar o peso da cruz, recebeu com humildade a ajuda de Simão de Cirene, recebeu o conforto de Sua mãe e, com muita dificuldade, aos trancos e barrancos, chegou ao topo do monte para ser crucificado. Foi pregado e suspenso no madeiro e, só então, entregou o Seu Espírito. Não foi fácil e nem com sorrisos, mas Ele foi até o fim porque era necessário. Não foi com beijinhos ou flores que Ele provou seu amor por nós, mas com lágrimas, suor e sangue. Quando nos decidimos por ser de Cristo, nos decidimos por amar como ele nos amou, sem impor restrições ou condições, mas, simplesmente amar até o fim.

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