Você está
casada, ocupa um bom cargo e, então, decide que chegou a hora de ter filhos!
Você engravida, o filho nasce e você passa aqueles quatro ou seis meses com seu
bebê, até que chega a hora de voltar ao trabalho! Vocês decidem deixar o bebê
com a vovó, a babá ou na creche, mas começa um tempo difícil. O bebê não quer
largar a mamãe! Todos dizem que é normal e tem que acostumar a criança, que
inclusive isso é bom para ela e quanto mais cedo ela se desgarrar da mãe,
melhor. Mas o seu coração fica apertado e no seu íntimo você não tem certeza se
aquilo é o certo a fazer.
No
primeiro ano de vida da criança, a mãe não tem vida própria. Seus dias se
resumem a amamentar, dar banho, brincar, embalar, preparar a papinha, dar
comidinha, e trocar fraldas... muitas fraldas! Nem mesmo as noites são de
descanso! Sim... o bebê chora e a mamãe levanta, fica com a criança, amamenta,
dorme, acorda, dorme e assim vai. Ou seja... é um serviço de dedicação
exclusiva! Tem trabalho para o dia todo e para a noite também.
E aí você,
que estava com a vida toda arrumadinha, vê sua vida virada do avesso! Depois
que você vira mãe percebe que seu filho consome todo o seu tempo. E isso é
criar os filhos: passar os seus dias com a criança, tomando conta dela. Eu
diria que, para criar um filho, você precisaria dedicar, pelo menos, dois anos
da sua vida nesta função. Depois dos dois anos, considero que pode até fazer
algum bem para a criança frequentar a escola, apesar de não ter certeza se é
realmente bom. Você sabia que quando a criança entra na escola mais tarde, por
volta dos quatro anos, não há sequer adaptação escolar? Nessa idade a criança
passa a frequentar a escola sem nenhum desgaste emocional da criança e dos
pais. Mas até os dois anos, o que o bebê mais precisa é da atenção e dos
cuidados da mãe. Precisa de alguém para estar atento ao seu desenvolvimento e
às suas necessidades. Seguindo essa lógica, se você tiver um filho, terá que
ficar com ele, pelo menos, dois anos. E se quiser ter mais de um filho, terá
que dedicar cinco ou talvez dez anos da sua vida exclusivamente para a
maternidade.
Aí as
mulheres tem seus filhos, constatam toda essa realidade e se revoltam com o
mundo: “Isso quer dizer que para eu criar os meus filhos não posso trabalhar?
Por que os pais não assumem também essa responsabilidade? Meu patrão não me
entende! Por que o governo não aumenta a licença maternidade? Por que a creche
sempre liga para a mãe quando o filho está doente?” Só que o problema não está
no marido, no governo, na creche ou no patrão. O problema está no coração
daquela mãe, que sente que deveria passar mais tempo com seu bebê, mas também
não quer largar seu emprego.
Ser mãe é
dedicar longos anos da sua vida na criação dos filhos. E isso não é um peso,
por mais difícil e trabalhoso que seja, mas é um presente de Deus! Nós,
mulheres, recebemos o dom da maternidade, a graça de gerar um novo ser no nosso
ventre e nos abrirmos para receber um amor imenso; um amor tão grande, que
chega a ser exaustivo, porque o bebê não quer saber de mais ninguém, só quer a
mamãe. Então, eu pergunto: vale a pena dedicar dez anos das nossas vidas
exclusivamente à criação dos nossos filhos? E eu diria com toda a sinceridade
do meu coração: SIM, vale a pena dedicar a vida inteira por eles! Nossos filhos
precisam conhecer o amor de Deus através dos nossos cuidados, de cada banho,
cada comidinha, cada fralda trocada. Eles precisam de muito mais do que uma
faculdade, viagens e estudos. Isso é muito pouco. Eles precisam sentir o amor
de uma mãe que é capaz de renunciar tudo para estar com eles. Eles precisam
sentir que valem a pena, que são importantes para nós.
Atualmente,
quando a mulher engravida, já construiu muitas coisas: estudou muito, conseguiu
uma promoção no emprego, passou em um concurso ou já conquistou bons clientes.
Como largar tudo isso para ficar com os filhos? É uma decisão realmente difícil
e cruel. Mas diante de tudo isso que vivemos e constatamos, acho que devemos
fazer uma reflexão pensando nas próximas gerações: será que devemos estimular
nossas meninas a gastar a sua juventude construindo uma carreira e adiando o
casamento e os filhos? Essa mudança que a sociedade sofreu de a mulher sair de
casa para trabalhar é muito recente e precisa ser discutida. Acho que se
imaginava que era possível ter filhos e trabalhar fora, mas temos visto que não
é possível, pois ter um bebê é muito exigente. Achamos que os filhos entrariam
nas nossas vidas sem muitas modificações. Mas nossos filhos precisam de nós, dos
nossos cuidados, das nossas correções, das nossas brincadeiras, enfim, precisam
do nosso tempo! Pensemos um pouco se obtivemos vantagens depois que a mulher
decidiu trabalhar fora de casa. Certamente a sociedade ganhou excelentes e
dedicadas profissionais! Mas isso compensa a falta que essas mães fazem para
seus filhos? Será que esse caminho que temos tomado é melhor para nossos
filhos, para nossas famílias, para a nossa sociedade e, enfim, para nós,
mulheres? Não é à toa que tantas mulheres decidem largar seus empregos depois
que os filhos nascem; não porque se veem obrigadas, mas por amor aos seus
filhos, por entenderem que é o melhor para suas famílias. Acho que a mulher pode
estudar ou trabalhar, desde que não renuncie às suas obrigações de esposa e
mãe. Não esqueçamos do que é realmente importante: as pessoas, as vidas, os
filhos, as famílias. É para eles que vivemos! Gastemos as nossas vidas por
aqueles que amamos!
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